Jaecoo 7 SHS (Foto: Divulgação/Jaecoo)
Trata-se de marca chinesa irmã da Chery, mas o SUV médio Jaecoo 7 chama atenção pela enorme grade de elementos verticais que lembram uma cachoeira. Há um contraste evidente com a discreta parte traseira, de lanternas interligadas e defletor de teto. A área envidraçada relativamente pequena pode fazer falta no tráfego do dia a dia. Há teto solar panorâmico. Maçanetas são embutidas, solução que está sob críticas até na China por dificultar acesso externo em acidentes, mesmo que vários modelos as adotem.
Dimensões são próximas ao Tiggo 7: mesmo comprimento (4.500 mm) e entre-eixos (2.670 mm), largura, 1.865 mm, altura, 1.670 mm. Espaço para pernas no banco traseiro um pouco limitado. Porta-malas pequeno e com assoalho alto: só 340 L. Como se trata de híbrido plugável e o tanque tem 60 L o alcance em cidade é de 906 km e em estrada, 810 km, embora a marca declare até 1.200 km em trechos urbanos.
Motor a combustão turbo de 1,5 L entrega 135 cv e 22,4 kgfm; o elétrico 204 cv e 31,6 kgf·m. Potência e torque combinados: 339 cv e 52 kgf·m. A bateria de 18,3 kW·h apresenta uma vantagem: aceita corrente alternada ou contínua. No segundo caso, recarrega entre 30 e 80% em 20 min.
Logo ao entrar no Jaecoo 7 Prestige uma surpresa: não existe o tradicional botão de partida. O carro está pronto para arrancar em modo elétrico: após pisar no freio, é só acelerar. Tela multimídia vertical de 14,3 pol. impressiona. Menus e submenus são exagerados, mas pelo menos os ajustes do ar-condicionado ficam separados, na base da tela, onde se regulam os espelhos e cujo controle estaria melhor nas portas.
Android Auto e Apple CarPlay espelham-se sem fio e há carregamento por indução para o celular. Para viagem mais longa, as tomadas USB e USB-C estão mal posicionadas na parte inferior do console. Muito boas câmeras de visão externa de 360° e também do solo abaixo do veículo.
Em algumas voltas no circuito do Haras Tuiuti, arrancadas e retomadas foram convincentes. Aceleração declarada de 0 a 100 km/h em 8,5 s. Mas acertos tanto de direção quanto de suspensões poderiam ser um pouco melhores para os padrões de uso no Brasil. O banco do motorista oferece adequada sustentação lateral, sem prejuízo do conforto. Pedal de freio deveria ser mais firme: passa alguma incerteza.
Preço: R$ 249.990 (versão Prestige)