Modelo intermediário Hard Working não sai por menos de R$ 74 mil e sequer tem vidros elétricos
Há pouco mais de um mês, a Fiat apresentou a primeira imagem da nova geração da picape Strada. A aparência de mini-Toro agradou público e crítica. Mas ainda é cedo para falar se o modelo melhorou em relação à sua antecessora. E é, justamente, sobre essa antiga/atual geração que falaremos desta vez, afinal, a nostalgia está em alta.
Nostalgia? Sim! Afinal, estamos nos referindo à um modelo cujo projeto vem da década de 1990. A picape derivada do (extinto) Palio, manteve praticamente as mesmas características ao longo do tempo. Talvez, a Fiat tenha apostado na máxima: “Em time que está ganhando, não se mexe”. Porém, o mercado evoluiu, novos modelos estão chegando e, sobretudo, até mesmo o uso racional das picapinhas vem caindo em desuso – basta acompanhar a quantidade de modelos de cada categoria, onde as médias vêm bombando.
Por dentro
Com quadro de instrumentos de luz alaranjada, plástico duro nas portas e painel, ausência de porta-objetos entre os assentos dianteiros e, praticamente, a mesma cara daquele Palio 1996 que, certamente, alguém da tua família já teve, o modelo se tornou insustentável no mercado.
Por outro lado, o tamanho compacto da Fiat Strada e a boa capacidade de carga na caçamba (que diminui para 680 litros no caso de cabine dupla), atraem o consumidor. Ponto para a abertura da terceira porta, em formato suicida (confira foto abaixo), que facilita o entra e sai de objetos e ocupantes no espaço traseiro do habitáculo. Já a porta da caçamba… Que peso!
Sem qualquer mimo, a Strada Hard Working vem pelada. Não, nada de Bluetooth ou central multimídia, nem mesmo regulagem de altura para o banco do motorista, que é opcional. Tem ar-condicionado analógico, direção hidráulica e aquela relação de câmbio bem ruim, que arranha em algumas trocas de marcha, inclusive.
A potência máxima do motor 1.4 Flex (88 cv) também deixa a desejar. Não se arrasta pelas ruas, mas está longe de ter um bom desempenho. O toque de 12,5 kgfm faz com que a força falte, principalmente, quando carregado. Em resumo, a Strada é bem ao estilo pé-de-boi, que não é um primor, mas aguenta o tranco.
Embora vá sair de linha em breve (assim como aconteceu, recentemente, com a perua Weekend), é necessário falar em preço. A configuração intermediária aqui avaliada não sai por menos de R$ 74.490. Preço que pode subir exorbitantes R$ 4.800 quando equipadas com opcionais como banco do motorista com regulagem de altura, travas e vidros elétricos, rádio com USB, entre outros itens. Só as rodas, encarecem mais R$ 3.786. Muito dinheiro para oferecer apenas o básico…
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