O Gol, que já tinha chegado à era da eletrônica e da modernidade, continua sendo a grande aposta da VW para alcançar bons níveis de vendas. E o modelo equipado com o motor 3 cilindros é talvez o mais indicado para ser um “best-seller”.
Este Gol, na sua versão 1.0 (existe também a versão com o clássico motor 1.6) apresenta o já conhecido motor 3 cilindros que a montadora utiliza em vários de seus produtos, cada qual com uma programação eletrônica que faz variar – e bastante – sua potência.
Neste Gol 1.0 atende perfeitamente ao que dele é lícito esperar. Sua tarefa é auxiliada por um bom câmbio mecânico de 5 marchas (teria sido interessante ter uma 6.a mais longa, para uso em rodovias, mas aí claramente é uma questão de custos), com engates precisos e um sistema de freios misto (disco na frente tambor atrás) que atende bem às necessidades e não provoca desvios de trajetória quando exigido a fundo.
A direção tem peso adequado ao que desse carro de entrada pode se esperar, e a suspensão é um dos pontos altos do veículo. Com efeito combina muito bem conforto e estabilidade, duas características antagônicas em pisos irregulares como todos os que temos por aqui. Naturalmente em rodovias, ao se superar os 120 km/h, percebe-se a necessidade de uma suspensão mais dura mas como esse é o limite legal de velocidade existente no Brasil (e não em todas as estradas, muitas tem limites ainda mais baixos) o problema não se põe.
Finalmente quanto ao design, eu gosto, mas claramente se trata de uma opinião absolutamente pessoal, da mesma forma como a definição de que se trata, como todos seus concorrentes, de um veículo para 4 pessoas, o eventual quinto ocupante (que sentaria no meio do banco traseiro) não tendo um conforto aceitável, mesmo em trajetos curtos.
Tudo somado, então, trata-se de um carro de entrada devidamente repaginado e modernizado que pode aspirar a uma considerável fatia de nosso mercado.