Entre os vários pontos que podem ser abordados na fácil vitória do Brasil experimental apresentado por Tite frente à Austrália, um me chamou particularmente a atenção.
Trata-se da colocação em campo de David Luiz, usado como primeiro homem de meio de campo, à frente da defesa.
Eu sempre tive muita curiosidade em desvendar a razão pela qual os técnicos não o utilizavam desta forma, já que nela as eventuais incertezas defensivas são amplamente superadas pela sua boa visão de jogo, saindo de trás com bola dominada.
Foi, aliás, a posição em que o utilizou Mourinho, ainda nos tempos do Chelsea, pois não conseguia vê-lo como defensor puro. E aí David Luiz viveu, em minha opinião, uma das melhores fases de sua carreira sendo até mesmo comparado, por alguns críticos um pouco entusiasmados demais, com o alemão Franz Beckenbauer quando deixou sua posição ofensiva e foi mais para trás.
Não sei se essa experiência vai ter uma seqüência, mas me parece que se trata da melhor forma de utilizar David Luiz na seleção brasileira. E talvez a única.
A palavra final, neste sentido, cabe a Tite.