Logo à primeira vista o SUV elétrico mais em conta da BYD agrada, apesar de um certo exagero nos vincos de carroceria e no aplique um pouco estranho abaixo do para-choque dianteiro. Pormenor curioso: BYD aparece no alto da tampa do porta-malas, é repetido no canto inferior direito como BYD Yuan Pro e abaixo dos dois espelhos laterais com uma plaquinha BYD Design.
No geral o carro tem boa presença e dimensões compatíveis com as de um SUV compacto: 4.310 mm de comprimento, 1.675 mm de altura, 1.830 mm de largura e entre-eixos de 2.620 mm. Em termos comparativos o SUV mais vendido, T-Cross, tem comprimento de 4.199 mm, altura de 1.568 mm de largura de 1.760 mm e entre-eixos de 2.651 mm. A diferença a favor do líder de mercado está no porta-malas de 373 litros, 41% maior que o chinês. Ambos usam estepes temporários.
Bom acabamento, materiais de qualidade e de toque agradável marcam o interior com revestimento dos bancos em couro claro que, apesar de adequado ao clima tropical, reúne poucos fãs no Brasil.
Os dois bancos dianteiros do Yuan Pro são bem ergonômicos e ambos dispõem de ajustes elétricos. Assoalho traseiro, apesar de plano, é relativamente alto e incomoda. Atrás faltam saídas de ar-condicionado.
Na frente destaques para a tela multimídia de 12,3 pol. e console espaçoso. Faz falta mesmo, porém, recursos de segurança ativa como frenagem autônoma de emergência, alertas de saídas de faixas, de colisão frontal, de ponto cego e de tráfego traseiro transversal entre outros.
Motor dianteiro de 177 cv e 29,5 kgf·m, apesar da massa de 1.550 kg, é suficiente para acelerar de 0 a 100 km/h em 7,9 s, sem chegar a empolgar. Bateria de 45,1 kWh deveria ser maior: alcance médio de 250 km, padrão Inmetro, é pouco. Primeiro contato em asfalto e terra foi nas pistas do Haras Tuiuti, a 110 km de São Paulo (SP). Suspensões bem acertadas, volante de autocentralização correta e freios com boa potência, mas o desempenho não é tão fulminante como o de outros elétricos.
Preço: R$ 182.800.