A estratégia da marca japonesa ao lançar as seis versões do Corolla Cross do ano-modelo 2025 foi na direção certa. A começar pelo preço que teve pequeno aumento (entre 0,7% 1,5%) nas cinco versões apenas com motor flex e sem alteração nas duas versões de topo com motorização híbrida flex. No primeiro caso entre R$ 164.990 e R$ 197.790; no segundo, de R$ 202.690 a R$ 210.990. Assim buscou aproximar, ainda que de modo simbólico, motor comum e híbrido.
O que mais se destaca no estilo do SUV é a grade do radiador ao apresentar uma solução inspirada na parte frontal de veículos elétricos com pequenos favos (alguns vazados, outros não), menos visíveis na cor preta que na branca.
O conjunto óptico full-LED também é novo, assim como o para-choque. Nada muda na lateral, salvo as rodas de liga leve de 18 pol. Na traseira, praticamente nada novo, inclusive a pintura preta parcial do corpo do silenciador com intenção (apenas) de mantê-lo menos aparente. Mas a tampa do porta-malas agora é elétrica e pode ser aberta por sensor de pé, nas versões de maior preço.
No interior, a mudança mais esperada: sai o criticado pedal de freio de estacionamento e entra o sistema eletromecânico de autoimobilização nas paradas que todo carro com câmbio automático merece ter. O quadro de instrumentos é o mesmo do Corolla sedã, de 12,3 pol., menos na versão de entrada que continua com acanhadas 7 pol. Tela multimídia agora é igual à de 9 pol. do sedã e conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay, além do carregador do celular por indução.
Para se enquadrar nas exigências de emissões do Proconve L8, exigíveis no final do próximo ano, o motor flex de 2 litros perdeu praticamente imperceptíveis 2 cv e 0,6 kgf·m. Agora entrega 175 cv (E)/167 cv (G) e 20,8 kgf·m (E/G). Na versão híbrida os motores permanecem inalterados: flex de 1,8 L, 101 cv (E)/98 cv (G) e 14,5 kgf·m (E/G) de ciclo Atkinson e dois motores elétricos que juntos entregam 72 cv e 16,6 kgf·m. Potência combinada de 122 cv, mas torque combinado não é tecnicamente possível medir. Câmbio é sempre automático CVT de 10 marchas.
Aceleração de 0 a 100 km/h do híbrido permanece em fracos 13 s contra 9,8 s do motor tradicional de ciclo Otto. Em compensação, a vantagem do híbrido no consumo é marcante: 11,8 km/l (cidade) e 9,7 km/l (estrada) com etanol; 17,8 km/l (cidade) e 14,7 km/l (estrada) com gasolina.