Em um mercado com grande oferta de SUVs no segmento B a Citroën precisava inovar. Na faixa de compactos a opção de sete lugares é inédita e o único concorrente indireto, o monovolume Spin, tem distância entre eixos menor (2.620 mm contra 2.675 mm do modelo francês). O C3 Aircross exibe um visual moderno com destaque para as lanternas traseiras, um perfil arrojado e rodas de 16 ou 17 pol.
O espaço interno o coloca no mesmo nível dos principais concorrentes graças ao generoso entre-eixos, embora a vantagem para o Duster, por exemplo, seja de ínfimos 2 mm. Em relação ao C3 os 63 mm a mais na largura garantem conforto para cinco ocupantes, inclusive nas dimensões de acesso ao banco traseiro. A terceira fileira do C3 Aircross proporciona espaço razoável somente para crianças na faixa de até 12 anos.
Porta-malas de 493 litros é o maior do segmento (Duster, 473 litros), mas sobram apenas 40 litros se houver sete ocupantes. Os dois bancos da terceira fila são fáceis de retirar e relativamente leves.
Destaque para o sistema de climatização no teto para os cinco passageiros que sentam atrás. A versão de sete lugares do C3 Aircross atrasou e só estará disponível em meados do primeiro trimestre de 2024.
No interior o acabamento é um pouco melhor que o C3, volante continua sem regulagem em distância e interruptores dos vidros permanecem estranhamente no console. Bem adequados ao projeto são o motor 1-litro turbo, 125 cv (G)/130 cv (E), 20,4 kgf·m e o câmbio automático CVT de sete marchas.
Durante a avaliação na Praia do Forte, a 60 km de Salvador (BA), o C3 Aircross mostrou bom comportamento direcional, além de estabilidade e freios dentro da média do segmento que tem nada menos de 15 competidores, incluindo pseudo-SUVs.
Preços: R$ 109.990 a 129.990. Versões de sete lugares deverão acrescentar de R$ 8.000 a R$ 10.000.