Planos da BYD são ousados no Brasil e concentrados em modelos elétricos. Depois do SUV Tan cujas primeiras unidades foram entregues simbolicamente, o sedã Han chega ao mercado de sedãs médios grandes que já é bastante limitado pela forte presença dos SUVs. O Han tem 4,98 m de comprimento e distância entre eixos de 2,92 m. Assim seu porte assemelha-se ao de Audi A6, BMW Série 5 e Mercedes-Benz Classe E, por exemplo, mas a comparação resume-se a isso.
Carros elétricos oferecem a possibilidade de haver um motor em cada eixo e neste caso a potência combinada é de 494 cv. Desempenho nas acelerações são fulminantes porque o torque máximo surge quase instantaneamente. No caso do sedã chinês nada de diferente do esperado: 0 a 100 km/h em apenas 3,9 s, no modo Sport, mesmo pesando 2.170 kg.
A BYD desenvolveu uma nova bateria, batizada de Blade, mais leve, menos volumosa e de recarga rápida: 30% a 80% em 25 minutos. A fabricante declara alcance máximo de 500 km (referência NEDC, muito otimista e usada apenas na China), porém sem informar os ciclos de consumo urbano e rodoviário.
Estilo é atual com a parte frontal mais ousada e de perfil lembra o Tesla S. A traseira poderia ter lanternas um pouco maiores. No interior destaca-se a tela multimídia gigante de 15,6 pol. rotacionável com imagens e mapas que ocupam toda a sua superfície. Há cinco câmeras para visão de 360° e outra para gravação interna de alta resolução de imagem e som. Quem está no banco traseiro dispõe de uma tela de onde comanda do teto solar ao banco do passageiro dianteiro.
Preço de R$ 539.000, tudo incluído, não atrai tanto. A BYD importará mais três modelos até o fim do ano: sedã Qin Plus DM-i, SUV Song Plus DM-i, ambos híbridos plugáveis, e o furgão elétrico eT3.