A crise dos semicondutores ainda traz reflexos para o mercado brasileiro. Prova disso é a queda nas vendas de automóveis que, apesar da recuperação, ainda está longe do cenário ideal. E o segmento de importados, nesse sentido, não passou ileso. De acordo com a Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores), em setembro, houve queda de 12,2% ante o mês de agosto.
Em números, foram licenciadas 6.149 unidades. Destas, 1.871 são importadas e outras 4.278 têm produção nacional. Quando comparado a setembro de 2020 (época ainda bastante afetada pela pandemia do novo Coronavírus), houve alta. Foram, no período, 6.124 vendas. Ou seja, aumento de 0,4%.
No acumulado do ano, mais queda. De acordo com a associação, os primeiros nove meses de 2021 registraram 19.795 unidades. Entre janeiro e setembro de 2020, no entanto, foram 19.857 emplacamentos de importados. Dessa maneira, mesmo com a retomada gradual da economia, o setor amargou baixa de 0,3% no respectivo período.
Já a produção nacional das associadas à Abeifa acumula, no mesmo intervalo de tempo, 35.241 unidades licenciadas contra 20.585 dos primeiros nove meses de 2020. A alta foi de 71,2%.
BMW e Mini de fora
Para o presidente da Abeifa, João Henrique Oliveira, “infelizmente essa situação (falta de semicondutores) deve perdurar pelos próximos meses”. Todavia, outro agravante contribuiu para a queda nas vendas, a desfiliação de BMW e Mini. “Trata-se de movimento natural. A BMW é sócia-cofundadora da Abeifa. Permaneceu por mais de 30 anos em nossos quadros. Primeiro como importadora, depois como fabricante”, relembrou Oliveira.
Mercado geral
Em relação ao mercado geral de automóveis e comerciais leves – que somou 142.354 unidades – a participação das associadas à Abeifa em setembro foi de 4,32%.
Se consideradas, no entanto, somente as unidades importadas, as associadas à entidade responderam por 1,3% do mercado interno brasileiro. Nesse sentido, as unidades nacionais, com 4.278 veículos, significaram 3% do market share. No acumulado de 2021, com 55.036 unidades, as associadas à Abeifa representam 3,74% do mercado.