Hoje falarei de Ferrari aqui na coluna, uma combinação muito interessante para este espaço e também para o portal. A marca italiana, sem dúvida nenhuma, está no imaginário popular por diversas razões, boa parte delas de ordem emocional.
A história de Enzo Ferrari começou em outra marca pela qual tenho um apreço muito especial. Em seus anos de Alfa Romeo o jovem mecânico promissor desenvolveu habilidades e também outros ingredientes essenciais para o seu maior objetivo: construir seu carro e vencer corridas.
A ligação da Ferrari com Alfa Romeo é tão forte que, após efetivamente criar um modelo vencedor, Enzo comentou que vencer um carro de sua antiga casa era como “matar a própria mãe”. Desse modo é possível afirmar que as marcas sempre tiveram essa irmandade.
Durante vários anos a Ferrari existia para as pistas. Os carros de passeio da marca eram apenas algo feito sob medida para financiar a maior paixão do Comendador. Sem sombra de dúvida seu espírito estava ligado às pistas, às corridas e ao som dos motores em alta rotação.
A partir da década de 70 isso começou a mudar. O mercado pedia novos modelos e também havia um público potencial muito grande. Apesar das histórias sempre falarem sobre a escolha pessoal de Enzo dos compradores de seus carros a ideia de abrir o leque parecia – e efetivamente era – extremamente rentável.
O exemplar da matéria é uma evolução do que foi lançado nessa época. A 308 GTSi e mesclava o desenho primoroso do estúdio Pininfarina com o motor V8 entre-eixos que criaria um novo estilo de Ferrari e que permanece até os dias de hoje.
A sensação de guiar uma macchina é sempre especial. Alguns ingredientes fazem parte deste tempero italiano, entre eles o som do motor mais ardido e a combinação de vermelho com estofamento bege. Mas o som mais característico que toca a alma é o das marchas passando pela grelha do câmbio manual. Um abraço e até a próxima semana!
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