Após a saída do dirigente da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, indiciado por violações financeiras e detido pelas autoridades japonesas assim que desembarcou no aeroporto de Tóquio, em novembro de 2018, muita coisa mudou dentro da Renault, inclusive as metas de market share. A meta global da marca francesa passou a ser obter uma rentabilidade de 5% até 2025.
Assim, de acordo com a revista Quatro Rodas em apuração conjunta com o site Autos Segredos, por ordem da matriz na França, o projeto das novas gerações do Logan e Sandero, que já estava bem avançado, mudou radicalmente de rumo, colocando o foco na comercialização de SUVs, que trazem um valor agregado muito maior à marca.
Além disso, a crise da falta de semicondutores e a mudança de foco do mercado reduzindo a busca por modelos compactos, levou a Renault a mudar sua estratégia. A expectativa é de que a Renault mantenha os atuais modelos de Logan e Sandero, que inclusive já vem passando por mudanças como observamos com o Sandero, que deixou de ter o motor 1.6 oferecendo apenas a opção 1.0. Já o Logan, oferece motores 1.0 e 1.6 flex e, para quem ainda busca um esportivo de verdade, a marca oferece o Sandero R.S com motor 2.0 aspirado.
O atual CEO da marca, Luca De Meo, confirmou o lançamento na Europa, sob a bandeira Dacia, do novo SUV, o Bigster, um utilitário maior que o Duster, que deve chegar até 2023. Ainda falando de Luca De Meo, no início desse ano, ele informou que a estratégia da Renault no Brasil iria mudar, direcionando os investimentos para carros mais lucrativos, como o Duster e o Bigster.
O Bigster é baseado na plataforma CMF-B da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e oferece sete lugares, sendo um SUV que virá para brigar fortemente com VW Taos, Toyota Corolla Cross e Jeep Compass. Com visual musculoso, vai trazer como diferencial a mecânica híbrida, contando com um motor elétrico ao 1.2 TCe turbo de 3-cilindros.