Barcelona e Bayern de Munique estrearam na Champions League. Há exatos 13 meses, o clube catalão sofreu o maior vexame de sua história — a sonora goleada por 8 a 2. Hoje, no reencontro, pudemos perceber que as mudanças desde aquele duelo não foram tão significativas, e alemães voltaram a vencer. Dessa vez, por 3 a 0.
O Barcelona não tem mais Messi, Suárez, Vidal e Setién. Tem Memphis Depay, que faz um bom início de temporada na Espanha, e Koeman, que está longe de mostrar que é um treinador diferenciado na Europa. E mesmo com peças diferentes, o futebol catalão continuou pouco produtivo na Champions League.
No início, o jogo se manteve aberto por cerca de meia hora no Camp Nou. O Bayern não era tão intenso quanto na temporada passada, mas criava as melhores chances. Exagerava ao tentar clarear ao máximo uma jogada para finalizar de dentro da área, mas foi de longe que encontrou o caminho do gol. Muller contou com desvio de Araújo para abrir o placar. Antes, Ter Stegen já havia feito uma defesa sensacional.
Na etapa complementar, o Barcelona ficava cada vez mais cansado — vide a imagem de Alba no banco de reservas — e menos produtivo. O Bayern tinha controle absoluto do jogo e logo ampliou a vantagem. Coutinho — que jogou no 8 a 2, e até fez gol pelo Bayern —, agora defende as cores do Barça, entrou bem e deu mais ritmo ao ataque catalão; mas não foi suficiente. No fim, Lewandowski deu números finais à partida.
O Barcelona tem uma Champions difícil pela frente; mas ainda acredito que possa avançar ao mata-mata. Quebrado, sem poder fazer grandes contratações e não contando mais com Messi, aposta suas fichas em uma geração promissora que levará tempo para amadurecer. É um período de reconstrução.
Já o Bayern, é o oposto. Um time pronto, bem estruturado e que brigará pelo título da Champions mais improvável dos últimos anos.