Em Silverstone, onde tudo começou em maio de 1950, o Campeonato Mundial de Fórmula 1 escreveu uma nova página ao apresentar o primeiro protótipo, em tamanho real, da próxima geração de carros. Já havíamos visto algumas imagens vazadas, mas existem algumas diferenças dessas imagens para o carro apresentado hoje.
De uma forma geral pode-se dizer que os novos carros da F1 terão incrementado o “efeito solo”, isto é, a capacidade de gerar uma pressão aerodinâmica que faça aumentar a aderência dos carros. E fazer isso não através de aerofólios mas com o adequado desenho da parte inferior do carro, além da utilização de mini-saias laterais.
A grande mudança, contudo, é representada pela maior incidência da carga aerodinâmica obtida na parte inferior do carro com relação à carga total. Isto foi obtido graças à total remodelação do desenho do fundo do carro que passou de um fundo totalmente plano a um que contém dois canais Venturi dos lados.
A vista lateral do carro mostra perfeitamente o forma do canal Venturi, cuja seção é mais alta e larga na parte dianteira do fundo e vai se reduzindo progressivamente em direção à traseira para depois expandir-se novamente e desembocar no difusor traseiro. Tem-se assim uma redução de pressão na parte inferior do carro em relação ao ambiente externo, aumentando a pressão aerodinâmica.
A novidade mais importante é o desenho particularmente baixo da parte dianteira, influindo na disposição dos braços da suspensão anterior e dos componentes internos do grupo molas/amortecedores.
Além disso os novos carros da F1 se diferenciarão pela asa dianteira, cuja parte lateral constituí uma peça única com a parte principal, sem qualquer parede lateral de sustentação. E uma pequena cobertura das rodas dianteiras.
Na traseira volta o duplo perfil aerodinâmico (beam wing) posto logo acima ao difusor, que representa uma verdadeira asa suplementar, facilitando a saída dos fluxos o que determina um aumento da velocidade dos mesmos sob a parte inferior do carro e em conseqüência incrementa a carga aerodinâmica gerada no local.
Tudo isto foi estudado para reduzir ao máximo o fluxo aerodinâmico que vai para o carro que vem logo atrás e assim facilitar as tentativas de ultrapassagens.
Com relação à segurança os novos carros terão uma estrutura de impacto dianteira mais robusta, de forma a incrementar em 15% a absorção de energia.
Confira a comparação feita pela Fórmula 1 entre carro de 2021 e o de 2022: