Sem Hamilton, afasto pelo diagnóstico de COVID-19, a pole position acabou com seu companheiro de equipe, Bottas. Isso ratifica a superioridade mecânica da Mercedes, que tem se mostrado presente em toda a temporada.
Com Bottas largando na pole e o “novato” Russell ao seu lado, é fácil prever um Grande Prêmio em que a luta maior vai se desenrolar para subir ao terceiro lugar do pódio. Nessa luta, Verstappen, com sua Red Bull, goza de certo favoritismo, mas não se pode eliminar totalmente a chance, a depender do que ocorrer durante o GP, do lugar ser ocupado por Leclerc e sua Ferrari, que largará amanhã em 4º.
O monegasco é um piloto que está levando seu carro um pouco além dos limites mecânicos, como a comparação indireta com Vettel mostra claramente. Esta comparação, por sinal, deixa uma grande dúvida do que será o ano que vem com Vettel dentro do organograma da Aston Martin e querendo reafirmar suas qualidades de piloto, jogando para frente aquele que muitos consideram o início de sua parábola descendente.
Russell foi a grata surpresa desses treinos para o GP de Sakhir. Grata surpresa porque chegou e, parafraseando Júlio César, viu e venceu. Isso, independentemente do resultado que ele conseguir na corrida deste domingo, mas já o fato de ter ocupado o lugar deixado livre por Hamilton e tê-lo feito em igualdade de condições com Bottas, que está há tanto tempo na equipe, diz bem das qualidades desse garoto, que apresenta uma expectativa muito otimista para seu futuro.
Um GP, portanto, a ser visto sobretudo na ótica das disputas pelas posições intermediárias, já que, muito dificilmente, as duas primeiras posições vão escapar da equipe Mercedes.
Confira o resultado completo do treino classificatório: