Mais um SUV que tinha tração integral 4×4 passou a oferecer apenas nas rodas dianteiras, como também aconteceu com o Audi Q3, recém avaliado. O Volvo XC40 T5 R-Design Hybrid agora só com tração em duas rodas (dianteira) manteve a seleção de condução “offroad” exatamente igual ao Audi Q3, mas na prática, foi superior.
Apesar do Audi não ser híbrido, tem proposta muito parecida com o Volvo XC40, ambos SUV de entrada da marca que perderam a tração integral, mas mantiveram a seleção “off road” no modo de condução.
Enfrentando os mesmos desafios na pista de testes, o Audi quase não conseguiu vencer uma subida com inclinação superior a 30 graus, com curvas, pedras soltas e saibro escorregadio. Já o Volvo subiu de primeira e vou explicar a razão em detalhes:
No Audi, quando acionado o modo offroad, o motor sobe o giro, desliga o controle de tração e aciona o controle de descida que funciona inclusive em marcha à ré. No Volvo acontece exatamente a mesma coisa, porém com um adicional que fez total diferença: o sistema eletrônico pinça e solta o freio da roda que tem menos aderência e giro mais rápido, transmitindo imediatamente mais força para a roda que tem mais contato com o solo, funcionando quase como um bloqueio, por exemplo.
Com isso o Volvo superou desafios 4×4 com louvor, apesar de ser 4×2 e mantendo qualidades esperadas para um SUV. Ou seja, se você usa o carro 90% do tempo na cidade mas de vez em quando quer desafiar alguma estrada de terra, areia ou até mesmo uma ‘laminha’, entre os dois, o Volvo é a melhor opção.
Mais tecnológico, seguro e eficiente, a Volvo completa sua gama de SUV’s eletrificados com sucesso. O preço é caro, mas para o que oferece não existe concorrência e é a melhor compra, disponível inicialmente apenas na versão mais cara R-Design custa 246k, ou seja, 33k mais caro que o Q3 da Audi, mas vale cada centavo de diferença.
Agora o novo motor 1.5 turbo de 3 cilindros com 180cv associado ao elétrico com mais 82cv, resulta em 262cv e 43,3kgfm de torque combinado, que substituiu o 2.0 turbo de 252cv e 35,7kgfm, refletindo melhora significativa de números para compensar o peso extra das baterias.
Saiu também o câmbio de 8 velocidades para dar espaço ao de 7, porém este novo é mais eficiente e rápido nas trocas de marchas no conjunto híbrido. Além da vantagem de ser melhor para o conjunto, também é um pouco mais leve que o antecessor, e neste caso, conta positivamente.
Igual aos outros híbridos da linha, o XC40 conta com 5 modos de condução: Hybrid (combinando os dois motores para o melhor resultado); Individual (Preferência pessoal do motorista, possibilitando ajustar motor, câmbio, freios e direção); Power (Potencia máxima); Pure (100% elétrico) e Off Road (Sistema refina a melhor condição mecânica e eletrônica para vencer obstáculos do fora de estrada, conforme explicado acima entre as velocidades 20 a 40 km/h).
Dica do especialista: Veículos com tração traseira geralmente tem mais facilidade em subidas que outros com tração na dianteira. Quando possível, subir em marcha a ré é uma solução para pequenos trechos difíceis para tração dianteira.
Flávio Verna _ Insta: Flaviostm – Especial para Carsughi Uol