O Manchester City vai poder disputar a Champions League na próxima temporada. A Corte Arbitral do Esporte (CAS) anulou o banimento do clube das competições europeias por duas temporadas e reduziu a multa de 30 milhões de euros para 10 milhões de euros.
Isso muda muita coisa. Em respeito à Premier League, havia a esperança de um possível G-5, mas isso não vai mais acontecer. A equipe de Guardiola está consolidada na segunda colocação da tabela, e Chelsea, Leicester, Manchester United, Wolverhampton e Shieffield United brigam pelas duas vagas restantes que dão acesso à Champions League.
Já no que se refere ao Manchester City, as consequências por não disputar a Champions por duas temporadas seriam ainda mais drásticas, pois levaria à perda significativa de receita, à provável saída de bons jogadores e às dificuldades para contratar reforços de peso.
Embora a Uefa declarasse o City como culpado por ter inflacionado de forma falsa os valores de seus patrocínios, no período entre 2012 e 2016, quem deu a palavra final no caso foi a Corte Arbitral do Esporte. O entendimento do tribunal foi de que a maioria das supostas violações estavam prescritas ou não tinham provas suficientes. Por isso o valor simbólico da multa pôs fim ao caso.
Outros casos
Cada caso, de fato, deve ser tratado de acordo com as suas particularidades; mas ao compararmos com outros times que tiveram punições ainda mais graves por descumprir o Fair Play Financeiro, realmente fica difícil entender a decisão final do ‘Caso City’.
Em 2015, o Dínamo Moscou foi excluído por quatro anos de competições internacionais, porque inflou os valores dos contratos de publicidade e ainda teve um aumento desproporcional de salários em relação ao orçamento do clube. Em um caso mais recente, em 2019, o Milan foi excluído da Liga Europa por violações do Fair Play Financeiro em dois períodos de três anos (2014 a 2017 e 2015 a 2018).
Realmente, o Manchester City tem muito a comemorar.