A diretoria do Santos decretou corte de 70% nos salários de abril, maio e junho dos atletas. Os jogadores foram avisados apenas por e-mail, sem maiores explicações. Isso gerou indignações e, nos próximos dias, lideranças do grupo devem se reunir com o presidente Peres.
Peres justifica que negociações para a redução dos salários vêm acontecendo desde o início da pandemia, mas que por não chegarem a um consenso precisou tomar essa decisão no fim.
O clube, inicialmente, ofereceu 50% de desconto. O elenco recusou e sugeriu que fosse 30%. Aparentemente, os jogadores entenderam que a porcentagem havia sido aceita. Há duas semanas, os atletas foram avisados que o corte não seria mais de 30% e que a diretoria queria 70%, mas não aceitaram.
Peres ainda defende que 80% do quadro de funcionários do clube não sofrerá cortes, visto que a medida é válida apenas aos que recebem mais que R$ 6,1 mil. Outro ponto justificado é que quem recebeu o desconto terá estabilidade pelo menos até outubro, receberá um salário adicional no fim do contrato e metade do que ficou para trás no ato da rescisão.
O presidente santista recebe críticas do elenco desde o fim do ano passado, quando os jogadores acumularam meses de salários atrasados. Elas ainda passam pelo mal-estar gerado com o ex-treinador Sampaoli, que deixou o clube por conta desses conflitos.