Principal fonte de recursos das equipes brasileiras, patrocínios se tornaram preocupações nesses momentos de crise. O Corinthians já teve dois contratos suspensos com patrocinadores, e corre contra o tempo para manter parcerias com as demais empresas ligadas ao clube.
Diante dessa temática, um aspecto me chama muita atenção: os patrocinadores masters. São motivos de preocupação?
No Brasil, acontece um comportamento muito diferente do que já era muito bem conhecido em matérias de marketing esportivo. Muitos bancos, principalmente os de natureza digital, ganham cada vez mais destaque nas camisas dos clubes brasileiros. Isso porque os contratos firmados entre as duas partes fogem da lógica tradicional do mercado (empresas pagam clubes para expor marcas em uniformes e ganham maior visibilidade). Esses “patrocinadores” recebem por meio dos lucros obtidos pelos clubes, com determinados produtos financeiros. Em outras palavras, são mais sócios das agremiações do que, simplesmente, meros patrocinadores.
Fato é que esses contratos firmados com bancos digitais possuem remuneração variável. Ou seja, os lucros dependem do engajamento dos torcedores com os programas (ou produtos) criados pelos clubes. Em tempos de movimentações esportivas, com os campeonatos acontecendo e o calendário fluindo bem, a medida é muito interessante para todas as partes.
Já em tempos de crise, isso pode ser bem diferente… Uma vez que, além de não haver movimentações no esporte, a pandemia do coronavírus causa fortes impactos na economia do país.