Novamente o VAR ganhou destaque nas discussões sobre os jogos do fim de semana. Deixamos de tratar o nível do futebol brasileiro para debater sobre o preparo da arbitragem em relação ao uso do recurso tecnológico.
Eu acredito que isso acontece em função de uma má orientação recebida pelos árbitros brasileiros. Para mim, é péssima a ideia de chamar o juiz principal da partida para conferir no vídeo um lance interpretativo, pois isso faz com que usem o VAR como uma muleta.
Daí, surgem mais polêmicas e muita demora para o reinício da partida.
O cenário ideal é aquele em que o VAR só chama o árbitro principal ao vídeo para corrigir grandes erros, daqueles que, de fato, o juiz não tenha visto. Hoje, o problema é que chamam para tudo.
E para agravar a situação, mesmo com a tecnologia, o VAR não vem acertando lances de impedimento. Sabemos que há lances milimétricos em que a olho nu não há como o assistente definir a marcação com precisão. Por isso, toda situação de gol vai para a revisão, mas ainda acontece de cinco pessoas na mesma cabine não enxergarem uma parte do corpo à frente da linha tracejada pelo tira-teima.
Para 2020, é urgente uma mudança nas orientações do uso do VAR. Pois, do jeito que está, o juiz não define mais lances com convicção – afinal, ele vai ver depois no vídeo – e bandeirinhas só atuam hoje para apontar faltas, laterais e escanteios.