Uma partida tranquila fez o Palmeiras jogando no Allianz Parque, na noite de ontem. Isso porque o 11 do técnico Mano Menezes tornou fácil um embate que não tinha nada para ser assim, tanto é que o Cruzeiro começou melhor e teria saído na frente, não fosse o goleiro Weverton.
O Verdão precisou de pouco mais de dez minutos para entrar no jogo. A partir daí, teve boa atuação, com toque de bola e uma clara redução no número de ligações diretas, mas, no primeiro tempo, ainda abusou de cruzamentos na área. De tanto insistir nessa jogada, e para queimar a língua deste que aqui escreve, o Palestra paulista balançou a rede após bela enfiada de bola de Dudu para Marcos Rocha, que cruzou rasteiro. A pelota ficou pipocando na área até ser encontrada por Bruno Henrique.
O gol palmeirense tem o dedo de Mano. Fazer os volantes participarem do jogo ofensivo é uma característica do treinador gaúcho. Foi assim com Paulinho e Elias, e deu super certo, como também deu com o próprio Ramires, que hoje veste verde e branco, mas sequer lembra aquele atleta de Chelsea, Benfica e Cruzeiro.
Bom, fazer os cabeças de área pisarem na área adversária é uma ótima e pode ser inteligentemente explorado pelo Palmeiras. Voltemos ao jogo e já para um segundo tempo em que o mandante dominou. Tendo pela frente uma marcação eficiente e um Felipe Melo inspirado (para o bem), a equipe celeste não demonstrava que iria empatar. Jogando fora de casa contra o atual campeão brasileiro, o Rogério Ceni apostou em dois jogadores de base e deixou Robinho e Thiago Neves no banco. O último até entrou na etapa final, porém a ausência do primeiro foi seguramente a mais sentida, inclusive pelo retrospecto contra que defendeu entre 2015 e 2016. Ceni se justificou na coletiva e falou em dias melhores num futuro próximo, mas só a positividade não vai tirar o time da má fase. Semana que vem, no Mineirão, jogo contra o líder do campeonato. A tendência é continuar na degola e o Palmeiras, com o melhor primeiro turno da sua história e o ex-treinador cruzeirense, Mano Menezes, está vivíssimo na luta por mais um caneco.