Ao longo desta semana, estava lendo sobre uma proposta, de aproximadamente R$ 85 milhões, que o São Paulo teria recusado do Manchester City por Antony. O valor poderia chegar a R$ 106 milhões.
A proposta é tentadora, de fato, apesar de o atleta ter multa estipulada em 50 milhões de euros (cerca de R$ 211 milhões). O que chama a atenção é que o “não” foi dado porque Antony entendeu que, caso deixasse o clube, seria uma grande baixa, tendo em vista que o São Paulo ainda tenta se encontrar no caminho dos títulos.
Fato é: promovido das categorias de base, Antony é a joia mais valiosa do São Paulo. Foi para o torneio amistoso na França, com a Seleção Olímpica, e se apresentou aos olheiros da Europa. Foi assim também com Pedrinho, do Corinthians, que é especulado para o futebol alemão.
Hoje, o maior fenômeno do futebol brasileiro que envolve as categorias de base é a geração de grandes receitas. Num passado recente, crias da base eram utilizadas para preencher espaços vazios do profissional, e até para solucionar problemas que os mais experientes não resolviam.
Casos como os de Antony e Pedrinho se encaixam nesses dois aspectos, e são apenas mais dois que agregam uma lista recém-formada por Vinícius Júnior, Paquetá, Rodrygo e por aí vai…
Em suma, no futebol brasileiro, não há um projeto claro voltado às categorias de base. O que acontece é: surge um garoto com potencial; sobe ele para o profissional para resolver problemas técnicos do time; aplica-se uma multa rescisória de valor astronômico e depois reformula o elenco principal com a receita gerada.