A estreia na Copa América serviu como mais um aprendizado para Tite e seus comandados. Alguns pontos, que já haviam sido alertados nos amistosos preparatórios, foram reforçados no jogo contra a Bolívia.
Frente a um adversário muito mais fraco, o Brasil teve dificuldades para abrir o placar. O desempenho brasileiro, no primeiro tempo, rendeu merecidas vaias por terminar a etapa inicial sem marcar gols, após tantas chances desperdiçadas. O facilitador da atuação brasileira foi, de fato, o VAR. A partir do pênalti convertido por Courtinho, o Brasil começou a construir sua vitória.
No aspecto tático, ainda me incomoda ver Neres aberto pela esquerda, visto que ele atua (e rende) muito mais pela direita, setor ocupado por Richarlison. O atacante do Everton tem um ótimo desempenho por aquele lado do campo, mas sinto que, para Neres, sua atual posição não contribui para que atinja a sua melhor forma.
Além disso, o primeiro jogo em casa mostrou a Tite que, muitas vezes, haverá mais vozes unidas para criticar o desempenho da seleção do que, simplesmente, para apoiar.
Faço ressalva de que a chave do Brasil é a mais tranquila de todo o torneio. O duelo frente ao Peru promete ser o mais trabalhoso, mas a partir de agora sempre veremos uma coisa: os adversários se fecharão para atuar contra a Seleção e jogarão por apenas uma bola. Cabe aos comandados por Tite paciência, para serem mais criativo e encontraremos espaços certos, e não sofrerem com a ansiedade de abrir o placar, pois em algum momento isso pode ser prejudicial.