O mercado de station-wagons foi diminuindo, ano após ano, e deixando seu lugar para os SUV, até quase desaparecer por completo. Por exemplo, um informe da VW na Itália assinala que lá 98% dos Golf vendidos são do tipo sedan e apenas 2% da Variant. E em outros países, Brasil incluido, a situação não é muito diferente.
É assim com muita curiosidade que assistimos a este lançamento da linha 2018 do Golf que inclui a versão station-wagon, tradicionalmente denominada Golf Variant. Uma versão que não é produzida em São José dos Pinhais mas importada do México, onde é fabricada nas instalações da VW em Puebla.
É oferecido no mercado nas versões Comfortline e Highline, ambas equipadas com o motor 250 TSI Total Flex de 150 cv, acoplado a uma transmissão automática de 6 marchas. Destaca-se que houve um incremento dos itens de série, com paralela redução dos pacotes opcionais, de forma a racionalizar a oferta.
Entre os equipamentos disponíveis de série para todos os modelos na linha 2018 estão luzes de uso diurno (DRL) de LED, sistema de infotainment Composition Media com tela sensível ao toque de 8 polegadas e App-Connect , câmera traseira para auxílio ao estacionamento e lanternas traseiras de LED, entre outros. Interessante também a boa capacidade do porta-malas, com 605 litros que aumentam para 1.620 rebatendo os bancos traseiros.
Tanto o Golf como o Golf Variant são equipados com motores TSI, que combinam injeção direta de combustível e turbocompressor. Para a Variant o motor é o 250 TSI , com 150 cv (etanol e gasolina) a 4.500 rpm. Seu torque máximo, de 250 Nm (25,5 kgfm), surge a 1.500 rpm, independentemente da mistura de combustível.
De acordo com a VW, o Variant vai de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos e tem velocidade máxima de 207 km/h (com etanol). Com gasolina, vai de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e atinge 206 km/h de velocidade máxima.
Dentre as novidades lembramos o volante multifuncional revestido de couro e com aletas para trocas de marcha; sensores de chuva e crepuscular e sistema “coming&leaving home”, que mantém os faróis acesos por determinado período (programável pelo computador de bordo).
Também passam a trazer retrovisor interno eletrocrômico, controlador automático de velocidade (“cruise control”) e câmera traseira para estacionamento. As rodas de liga leve de 16 polegadas são novas e as lanternas traseiras são de LED.
Todos esses itens se somam aos sete airbags; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; bloqueio eletrônico do diferencial EDS e XDS+; controle eletrônico de estabilidade (ESC) e ar-condicionado Climatic.
Como parte do processo de simplificação da oferta, o Golf e o Golf Variant Comfortline oferecem como opcionais apenas teto solar e rodas de liga leve de 17 polegadas.
Na versão Highline temos a mais o sistema “Keyless” para abertura/travamento das portas e partida do motor sem uso direto da chave (chave presencial) e luz ambiente na cabine. Há ainda, ar-condicionado Climatronic de duas zonas; sistema start-stop, que desliga e liga o motor em paradas de semáforo, por exemplo; e bancos revestidos de couro (no Golf Variant Highline os bancos dianteiros trazem função de aquecimento).
Como opcionais há teto solar, rodas de liga leve de 17 polegadas” e o pacote Premium, que integra sistema ACC com Front Assist e City Emergency Brake, sistema Pro Active, sensor de fadiga, sistema FLA de ajuste automático de farol alto, faróis de LED, sistema Park Assist 2.0 e o sistema de infotainment Discover Media.
Rodando com este Golf Variant não se percebe diferença substancial em relação ao Golf hatch. A mesma estabilidade, o mesmo bom sistema de frenagem, igual nível de conforto a bordo (apenas os bancos, no acabamento mais sofisticado, tem a mais o sistema de aquecimento) e o mesmo acabamento.
Em suma, um bom carro, cujo preço se situa entre R$ 102.990 e R$ 113.490 reais.