Pela primeira vez na história, a Seleção Brasileira fez um amistoso, às vésperas da Copa, contra uma equipe que estará disputando o Mundial. A escolhida para o confronto foi a Croácia, pois trata-se de uma equipe cujo DNA é o mesmo da Sérvia, que será adversária do Brasil em terras russas.
A preocupação de Tite tem respeito ao sistema de marcação de equipes europeias. Contra a Inglaterra, no ano passado, e Alemanha, neste ano, ficou claro que uma linha de cinco marcadores esboçava um grande adversário do Brasil na Copa. Esta mesma linha de cinco esteve presente hoje, em Liverpool, contra a Croácia.
No primeiro tempo, Tite não contava com Neymar — preservado no banco — e Renato Augusto, que ficou se recuperando de um incômodo no joelho, em Londres. Assim, Tite armou o Brasil com uma trinca de volantes, formada por Casemiro, Paulinho e Fernandinho. Desse modo, era difícil aplicar infiltrações na “linha de cinco” croata, pois nenhum dos três tem características de criação. Aí ficava aquele jogo bem amarrado, de muita marcação, do qual as melhores jogadas partiam de longos lançamentos que caíam nos pés de Willian; mas isso está muito longe do que o treinador pretende para a Copa.
No segundo tempo, tudo mudou com a entrada de Neymar no lugar de Fernandinho. Coutinho saiu da ponta para o meio, e a dinâmica brasileira passou a ter maior eficiência.
Neymar estava há três meses parado, mas nem parecia. Deu novas provas de porque é tão diferenciado, e foi graças ao seu talento que abriu o placar.
Se a Croácia havia sido melhor no primeiro tempo, o Brasil foi o dobro superior na etapa complementar.
Para coroar a vitória, o gol de Firmino, que jogava em casa.
Resta, agora, o último teste, frente à Áustria, em Viena. Até aqui, tivemos bons resultados.