A Argentina está muito provavelmente eliminada da Copa, após perder por 3-0 frente à Croácia (esta já classificada para as oitavas), e amarga uma apresentação desastrosa e desastrada em que poucos se salvaram.
Quem não se salvou, sem dúvida, foi Messi, que levou a campo a imagem triste de um ídolo incapaz de comandar a seleção de seu País, bem diferente do que outro número 10 famosos fazia, Maradona, com o qual qualquer comparação parece fora de lugar.
A favor de Messi pode-se dizer que jamais foi devidamente ajudado por seus companheiros (a não ser por Mascherano), recebendo tão poucos passes que não raro foi obrigado a recuar para buscar a bola.
A isso tudo, deve-se somar a incrível conduta do fantasioso (pelo menos em seu vestir) técnico Sanpaoli que paga caro o preço por decisões dificilmente comprensíveis. Como a escalação de um goleiro de 36 anos, reserva do Chelsea onde jamais brilhou, até a dificuldade em usar a dupla Higuin – Dybala, que faz sucesso na Juventus. Isto para não falar da não convocação de Icardi, artilheiro do campeonato italiano embora atuando por uma equipe (a Inter) que não é exatamente o máximo em termos de futebol ofensivo.
Nada, contudo, pode tirar o mérito da Croácia, que, a partir de um clamoroso erro do goleiro argentino, abriu caminho para uma estrondosa vitória, até mesmo com direito a um terceiro gol que parecia ironizar o adversário, tal a facilidade com que foi marcado.
E, se quisermos comparar o rendimento oferecido pelos dois números 10, Modric ganhou de goleada de Messi, como nunca tinha acontecido no campeonato espanhol, onde um atua pelo Real Madrid e outro pelo Barcelona.