O Brasil bateu a Costa Rica por 2 a 0, após sofrer um sufoco danado!
E que sufoco!
Mas, deste jogo, veio o reforço de um velho ensinamento: jogando bem ou jogando mal, o importante é garantir resultados. O Uruguai fez dois jogos ruins neste Mundial, mas somou seis pontos e está classificado.
O jogo
A Seleção de Tite, como já era previsto, encarava uma equipe extremamente defensiva. Os indícios eram de que o Brasil viveria uma reprise do que foi o jogo contra a Suíça, na estreia.
A Costa Rica, mesmo precisando da vitória, apostaria nos contra-ataques. Fechou-se, portanto, com uma linha de cinco defensores e outra de quatro, tendo apenas um atacante à frente para arrancar o contragolpe em velocidade.
Nos primeiros 20 minutos, o jogo do Brasil não encaixava. As jogadas de infiltração sequer eram armadas. As maiores apostas se davam por meio de bolas alçadas à área.
Brasil era nervoso e jogava sem pensar.
No intervalo, Tite sacou Willian para colocar Douglas Costa. Mudou o panorama da partida.
As jogadas passavam a se concentrar pela esquerda e, assim, Douglas Costa, pelo outro lado, tinha mais liberdade para chegar ao ataque e receber com liberdade.
O Brasil do segundo tempo era muito diferente. Era incisivo, intenso e muito superior.
Chegou com Jesus, mas a trave impediu. Com Neymar, mas aí quem o parou foi Navas.
A segunda alteração de Tite foi tirar Paulinho para acionar Firmino. Também fez o Brasil progredir.
Neymar ainda teve uma chance de sair em velocidade, sozinho, de frente para o gol, e tirar tinta da trave.
As esperanças do Brasil eram depositadas em Neymar. Era quem realmente poderia fazer a diferença; mas o nervosismo jogava contra o craque.
Neymar levou amarelo por reclamação. Perdeu a paciência diante da catimba costarriquenha.
Depois, veio o momento máximo da partida: o pênalti.
Foi pênalti — e foi muito pênalti! O árbitro apitou com convicção, e os auxiliares de vídeo entraram em ação, devido à plasticidade de Neymar no lance. Nesse caso, uma coisa não anula a outra; mas o apitador principal voltou atrás da decisão e, de fato, protagonizou a maior lambança da arbitragem neste Mundial.
O cronômetro se aproximava dos minutos finais. O Brasil seguia pressionando a Costa Rica, que implorava pelo final da partida para, pelo menos, voltar para casa com um ponto.
Eis que Coutinho, com o bico da chuteira, surge para trazer a paz — assim como Ronaldo levou a tranquilidade aos brasileiros em 2002, contra Turquia.
Depois do gol, o Brasil tinha a performance que esperávamos desde o apito inicial. Mais tranquilo, conseguiu chegar ao segundo gol, para fechar a conta e despachar a Costa Rica.
Agora, o saldo positivo é de que o Brasil adquiriu a confiança necessária para encarar a Sérvia, na próxima quarta-feira, e decidir uma vaga nas oitavas-de-final.