Atual campeã do mundo, a Alemanha chega a Rússia como a mais favorita ao título entre as principais seleções. Porém, o time que vai para este Mundial é bem diferente daquele que venceu em 2014. Um nova geração — e muito talentosa como vimos nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, e na Copa das Confederações, no ano passado — se junta aos remanescentes do título da última Copa, e isso faz com tenha um favoritismo absoluto.
Neste período, a Alemanha foi finalista no Rio, caindo para o Brasil na final, e campeã da Copa das Confederações. Em ambas as competições, atuou com um elenco alternativo. Já na Eurocopa, foi semifinalista (perdeu para a França).
Fato é que os resultados vêm sendo positivos até aqui. Pelas Eliminatórias, a seleção de Joachim Low, que vai à sua terceira disputa de Copa do Mundo, com os alemães — isso sem contar 2006, quando era auxiliar de Klinsmann —, se classificou com extrema tranquilidade, chegando ao fim da competição com 100% de aproveitamento.
Como jogam?
A geração é nova, mas o estilo de jogo é o mesmo que vimos em 2014, com muita valorização da posse de bola. Uma grande vantagem é que há um esquema tático muito bem definido: com uma linha de quatro na defesa, três meio-campistas, dois pontas e uma referência no ataque.
A chave do time é Kross, que dita toda a dinâmica alemã durante a partida. Quando usamos o termo “maestro” para definir um jogador de futebol, geralmente o atribuímos ao meia de criação, aquele também é conhecido com o “10” da equipe. Kross, apesar de atuar mais recuado, também rege sua equipe, justamente pelo fato de a seleção valorizar a posse de bola e de o atleta errar passes em raríssimas ocasiões.
Por outro lado, a diferença está nas peças de reposição. Timo Werner (um dos artilheiros do time) e Mario Gomez suprem o que era talvez a última lacuna da equipe: um centroavante. O meia Leon Goretzka, de excelente rendimento pelo Schalke 04, vem tendo boas atuações nos amistosos e é um nome para o qual devemos nos atentar.
Quanto aos remanescentes de 2014, como Neuer, Kroos, Khedira, Draxler, Ozil e Muller — este que foi um dos artilheiros do país nas Eliminatórias, com cinco gols —, mostram que a Alemanha é uma verdadeira constelação de craques e que é muito favorita ao título mundial.