Logo cedo, às 7h, França e Austrália faziam o duelo que seria protagonizado pela tecnologia. Se Fifa quiser provas de que o investimento feito para tornar o esporte ainda mais justo, deve utilizar essa partida como exemplo.
A França venceu por 2 a 1, e duvido muito que, se a partida fosse apitada apenas com o recurso dos olhar, os franceses sairiam com o resultado positivo.
Primeiro, o árbitro foi acionado pelos assistentes a rever, pelo monitor, um pênalti que deveria ser dado aos franceses. Ele deu, e Griezmann marcou.
Mais tarde, foi a vez do próprio árbitro, com convicção, dar um penal a favor dos australianos, que também seria convertido.
Quando a partida se aproximava dos minutos finais, Pogba acertou a travessão, a bola pingou próximo à linha do gol e ninguém sabia se havia entrado inteira. O bandeira estava mal posicionado e o árbitro principal não tinha a visão ideal para o lance. Quando a bola passa inteira, o relógio do juiz sinaliza, graças ao sistema de câmeras que há no estádio. No caso, apitou: gol da França, e vitória na estreia.
A França venceu sem jogar bem. Tinha dificuldade para acertar as infiltrações e criar jogadas. Venceu, apenas, porque tinha um time melhor que o da Austrália.
Ainda pelo Grupo C
No outro confronto do Grupo C, Peru e Dinamarca faziam um duelo extremamente decisivo.Ambos são candidatos a avançar ao mata-mata, e um dependia da queda do outro neste duelo.
O Peru jogou melhor, especialmente no segundo tempo. Na primeira etapa, teve um pênalti a seu favor — marcado pelo árbitro de vídeo —, mas Cueva desperdiçou.
Na etapa complementar, o Peru cometeu o grande erro de dar espaço para Eriksen criar jogadas, e isso foi fatal. A Dinamarca abriu o placar. Guerrero começou no banco. Entrou na metade do tempo, e nada pôde fazer.
Ficou nisso: 1 a 0.
E mais: a grande frustração de não ter convertido em gols todas as chances que teve.
No Grupo D, o ‘da morte’
A Argentina não começou bem sua jornada no Mundial. Encarou a Islândia, uma equipe que é a minha maior aposta para surpreender nesta competição. Os europeus jogavam fechados. Os sul-americanos pressionavam bastante, até que Aguero abriu o placar.
Só que não deu para comemorar por muito tempo. A Islândia deixou tudo igual, ainda na primeira etapa.
O curioso é que a Argentina bombardeava o adversário, mas a Islândia encarava a pressão com segurança. Quando era a vez dos islandeses atacarem, era um ‘Deus nos acuda’ na área argentina.
O lance crucial do jogo foi um pênalti à favor da Argentina. Messi desperdiçou.
Essa é a quarta Copa de Messi, e em todas elas ecoaram o questionamento: será que agora Messi provará que é Maradona?
Encerrando o dia
A Croácia fez prevalecer o seu favoritismo sobre a Nigéria e venceu por 2 a 0. Envolveu o adversário africano durante os 90 minutos e construiu a vitória com tranquilidade.
Assim, o grupo da morte tem os croatas em vantagem, mas desta chave ainda não é possível traçar grandes prognósticos. Talvez só na próxima rodada, na quinta-feira, quando teremos Argentina x Croácia.