Havia um prognóstico certo para o confronto entre Brasil e Suíça: ataque x defesa. O estilo de juogo suíço era uma das maiores preocupações de Tite neste Mundial.
A Suíça monta uma linha de cinco defensores, e as alternativas para furar o bloqueio europeu eram os mais óbvios: chutes de longa distância, bolas alçadas à área e jogadas individuais que pudessem fazer a diferença no jogo.
O estilo ofensivo do Brasil é fundamentado em infiltrações, e essa era uma grande implicação para a equipe de Tite; mas foi de um cruzamento, aos 11’, que Paulinho quase marcou de dentro da pequena área. E foi de um chute de fora da área, após bate-rebate, que Philippe Coutinho acertou o ângulo suíço.
O Brasil fez um bom primeiro tempo. Valorizando a posse de bola e se defendendo com segurança. A saída de bola com qualidade, sem recorrer a chutões, me chamou a atenção.
Só que uma falha, no segundo tempo, foi crucial. Deixar o suíço sozinho, na pequena área, para cabecear como bem quisesse, rendeu dois pontos ao Brasil.
Tite tentou consertar pelo aspecto tático: tirou Casemiro e Paulinho para colocar Fernandinho e Renato Augusto. A aposta era dar mais mobilidade para o meio-de-campo. Em tese, melhorou.
O Brasil pressionou a Suíça da maneira que pôde. Conseguiu encaixar duas cabeçadas perigosas, que pararam no goleiro Sommer.
Ainda sobraram reclamações para um pênalti – para mim legítimo – não dado a favor dos brasileiros, sem mesmo a revisão do lance pelo árbitro de vídeo.
Mas o que realmente ficou foi um grande aprendizado. Os próximos dois jogos do Brasil serão diante de seleções extremamente defensivas. Vimos, hoje, em Costa Rica 0 x 1 Sérvia.
Há o que melhorar. Seja nas jogadas de infitração seja para mudar o estilo de jogo.
Jogando bonito ou feio, ficou claro que o que mais importa na Copa é garantir resultados.
México 1 x 0 Alemanha
A Copa do Mundo nos proporcionou sua primeira grande surpresa. A Alemanha não jogou bem e foi derrotada pelo México, por 1 a 0. A estreia alemã foi uma reprise da derrota para a Austria, por 2 a 1, em amistoso realizado no início do mês.
Mas o México, de Juan Carlos Osório, teve uma atuação admirável. Jogando na base do contra-ataque, encontrou espaços no setor ocupado por Kimmich e criava suas melhores chances de gol. Além disso, o goleiro Ochoa, um velho conhecido do Brasil da Copa de 2014, estava inspirado e fechou a meta mexicana.
Assim, a Alemanhã estreia com o pé-esquerdo. Agora, o cenário esboçado é de uma classificação na segunda posição do grupo. Ainda é cedo para imaginar um possível confronto com o Brasil no mata-mata. Restam mais dois jogos.