A classificação do Corinthians à final do Paulista proporcionou grandes aprendizados a Carille; mas, sobretudo, à diretoria do Corinthians. Ficou ainda mais nítida a necessidade por um homem de área no elenco alvinegro, pois o comportamento tático da equipe exigiu isso em Itaquera — foi uma chuva de bolas alçadas à área —, mas o treinador fez o que pôde com aquilo tem.
Ao longo do campeonato, Carille testou a formação 4-2-2-2, que parecia mais funcionava como um 4-6-0, e deu certo. Foi o gesto claro de que precisou se virar da maneira que podia. Diante do São Paulo, não tinha um centroavante, apenas Danilo, que quebra um bom galho na área. Quando ele entrou, o time melhorou.
Carille faz no Corinthians o que Tite fez um pouco antes de ir à Seleção: tira leite de pedra. O time do Corinthians não é ruim — até porque é praticamente o mesmo do ano passado e vai, novamente, disputar uma final estadual —, mas não têm as peças de reposição ideais, e o fator diferencial da equipe acaba sendo justamente o treinador.