Um lance polêmico marcou a vitória do PSG sobre o Rennes, por 3 a 2, pela Copa da França. O brasileiro estendeu a mão para ajudar Traoré a se levantar. Quando o rival aceitava a ajuda, porém, Neymar retirou a mão e saiu rindo.
O ato de Neymar é encarado com certa dicotomia. De um lado, há os que defendem o brasileiro, dizendo que foi apenas uma brincadeira e propagando o discurso de que “o futebol está chato”. Do outro, estão os que repudiam o gesto do atacante, afirmando que faltou com respeito com o adversário e que o ato foi de um “menino mimado”.
Eu defendo que o lance deva ser visto de outra forma: o ato de Neymar foi desnecessário, justamente em razão do cenário sombrio no qual o brasileiro vive na França.
Após o duelo de egos com Cavani, quando não deixou o uruguaio cobrar o pênalti que poderia consagrá-lo como maior artilheiro da história do clube parisiense, Neymar virou alvo principal da torcida e da imprensa francesa. Fez quatro gols contra o Dijon, pelo Francês, e foi vaiado.
Na semana passada, o jornal L’Équipe publicou que Neymar estaria arrependido de ter ido para o futebol francês. Independentemente da veracidade da matéria, isso causa sonoras críticas nas costas do brasileiro.
O que ameniza a imagem de Neymar é o que apresenta dentro de campo. Está jogando muito, um absurdo. O problema é que para calar os críticos terá de justificar com resultados expressivos Em outras palavras, conseguirá o silêncio absoluto vencendo a Champions ou a Copa do Mundo.