A China descobriu, quase que de uma hora para outra, uma “vocação” ecologista e decidiu proibir a fabricação de nada menos que 533 modelos. A proibição entrou em vigor a 1º de janeiro e foi consequência de não terem sido obedecidas as normas de consumo estabalecidos anos atrás pelas autoridades.
Assim agora o Ministerio para a Indústria, pela primeira vez na história, colocou fora da lei nada menos que 533 modelos de carros, dentre os quais o Audi A4 longa (um modelo com entre-eixos maior desenvolvido esplicitamente para o mercado chinês), o Mercedes Classe C, o Chevrolet Cruze, além de produtos da Chery e da Donfeng Motor Corporation, que tem uma “joint-venture” com a francesa PSA.
Embora mais de meio milhão de modelos possam parecer uma enormidade, o secretário geral da China Passenger Car Association, Cui Dongshu, explicou que na verdade se trata de uma porcentagem extremamente reduzida se atentarmos para o fato do mercado chinês absorver quase 25 milhões de carros por ano. E, por outro lado, deve-se lembrar que a produção automobilística da China é quase um quarto do total mundial. Só no passado mês de novembro, para se ter uma idéia, a China produziu cerca de 2,67 milhões de carros, isto é mais do que o total produzido durante todo o ano passado pelo Brasil !
Para o futuro estão previstas medidas ainda mais severas. Assim, a partir de 2019, os construtores deverão ter no mínimo 10% de sua produção formada por modelos eletrificados (elétricos ou híbridos) e no ano sucessivo, isto é 2020, essa porcentagem aumentará para 12%. Para os infratores estão previstas pesadissimas multas. Cabe lembrar que no ano de 2016 foram vendidos mais de 770 mil carros eletrificados no mercado chinês.
Paralelamente, a partir de 2020, o consumo global de todos os modelos produzidos por cada montadora, não poderá ser superior a 20 km/litro, o que abre caminho para gerações de carros extremamente economicos.
China descobre vocação ecologista e proibe a produção de 533 modelos !
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