A exemplo de várias outras montadoras aqui instaladas, como, por exemplo, a Hyundai, da qual testamos recentemente o modelo i10, também a Citroën tem, em sua gama, um modelo menor que o de entrada aqui fabricado. No caso da Hyundai esta versão é o HB20, no caso da Citroën o C3 que são oferecidos ao mercado como os mais baratos de toda a linha.
Esses modelos ainda menores não são fabricados aqui, pois as montadoras acreditam que não teriam o sucesso de vendas capaz de justificar o investimento necessário. Contudo, em minha opinião, eles são extremamente interessantes e agradáveis, sobretudo no sempre conturbado trânsito urbano, pois para ficar parado na hora do rush motor de qualquer potência é sempre exuberante.
A exemplo do i10, o Citroën C1, principalmente com motor 1.2 Pure Tech de 3 cilindros (existe também uma versão mais barata, com motor 1.0 de 69 cv, sempre 3 cilindros) de 82 cv e 12,8 kgmf de torque, é um carro muito agradável no trânsito urbano. Situação em que é normal fazer 16 km/l, sem muitos cuidados.
Mesmo em auto-estrada não faz feio, nem como consumo nem como desempenho. O consumo, andando no fluxo, chega a 16 km/l mas, rodando por volta de 110 km/h é fácil obter médias da ordem de 20 km/l. E quanto ao desempenho,lembrando, ainda, que na Italia, por exemplo, o limite de velocidade (que poucos respeitam) é de 130 km/h, não tem problema algum nas eventuais ultrapassagens pois seu topo é de 170 km/h. Isso em que pesem relações de marchas longas, tanto na 4.a como – e sobretudo – na 5.a
Pelo resto sua dirigibilidade é muito boa, a direção permite sempre colocar o carro como se deseja, seja qual for o tipo de curva, e a estabilidade perfeitamente adequada ao que o carro se propõe. Apenas o diâmetro de giro é um pouco elevado (são 11 metros), o que pode causar algum embaraço nos primeiros momentos, até o motorista se acostumar, principalmente nas manobras de estacionamento.
A frenagem, que utiliza discos ventilados na frente e tambor atrás, para o C1 em espaços normais e o esquema de suspensão, com MacPherson e barra estabilizadora na frente e eixo semi-rigido atrás, confere confiança ao usuário, desde que não pense de estar pilotando um carro esportivo.
A única ressalva que se poderia fazer a uma sua fabricação por estas bandas é a capacidade do porta-malas(são apenas 196 litros), insuficiente para levar a bagagem de 4 pessoas. Mas entendendo-se sua vocação para o uso predominantemente urbano trata-se de um detalhe não determinante. E, de toda forma, viajando em duas pessoas, o espaço disponível, baixando o encosto traseiro, sobre para nada menos que 780 litros.
C1, o Citroën urbano
Anterior