Somente a matemática não autoriza – ainda – esta manchete, mas é evidente que os 59 pontos de vantagem que Hamilton amealhou sobre o vice-líder Vettel, quando faltam apenas 4 GPs ao término do campeonato, representam uma segurança absoluta quanto ao desfecho do mundial.
Na madrugada deste domingo, lá em Suzuka, tivemos mais um drama da Ferrari, que viu Vettel obrigado a desistir após 4 voltas por defeito numa vela, e com isso abandonar o sonho de poder ainda alcançar Hamilton. O britânico, por sinal, dominou a corrida de ponta a ponta e ainda contou com o inteligente jogo de equipe nas voltas finais, quando Bottas impediu que Verstappen se aproximasse muito rapidamente do líder. De toda forma Hamilton mostrou que, mesmo sem a ajuda do companheiro, teria carro e condições de resistir à investida do garoto da Red Bull. Este, aliás, protagonizou uma bela prova e, com Ricciardo, que completou o pódio, construiu um excelente resultado para sua equipe.
O mundial mostrou ainda, nas posições subsequentes, a confirmação da Force India (em que pesem os problemas judiciários de seu dono) e os problemas da Williams, claramente não competitiva, pelo que o 10º lugar de Felipe Massa pode ser considerado como o limite técnico do carro.
Numa análise breve sobre o mundial fica claro que a Mercedes mereceu amplamente os dois títulos (Pilotos e Construtores), pois quando não teve o melhor carro soube administrar a situação e limitar as perdas. E quando seu carro foi superior, como, por exemplo, no trítico Silverstone, Spa e Monza, que foi o momento da virada sobre a Ferrari de Vettel, não deixou de aproveitar a oportunidade. Exatamente ao contrário da Ferrari que, quando teve a chance – Cingapura e Malásia, os exemplos mais recentes – não conseguiu marcar as duas dobradinhas que teoricamente estavam a seu alcance e teriam tornado a luta pelo mundial incerta até o fim.