Pela penúltima etapa das Eliminatórias da Copa do Mundo, Brasil e Bolívia ficaram no empate sem gols, em La Paz. O resultado numérico, a meu ver, é o menos relevante, uma vez que brasileiros já estão classificados e bolivianos não têm mais chances de irem ao Mundial. Isso tudo sem contar o curto tempo de preparação para este duelo.
Assim, os maiores testes da equipe de Tite estavam voltados para o desempenho do Brasil na altitude, que poderia exigir aquilo que o treinador mais preza de seus atletas: concentração e intensidade. Jogar em La Paz significa atuar contra um adversário extra, pois a menor quantidade de oxigênio interfere diretamente no condicionamento físico dos atletas.
Apesar de jogar frente a um oponente mais fraco, o Brasil foi bem na altitude. Dominou o jogo, e só não saiu do zero devido à bela atuação do goleiro Lampe. A Bolívia, por sua vez, apresentava o que já era esperado — muitas jogadas aéreas —, e só assustou em poucos chutes de longe, chegando até a acertar o travessão de Alisson; mas foi só.
No final, a altitude de 3.640 metros de La Paz não pareceu ter sido o maior problema do Brasil; Lampe, sim.