Após a pausa estiva, volta a F1 com um mundial ainda totalmente aberto na luta entre o líder Vettel (Ferrari) e o vice-líder Hamilton (Mercedes).
A diferença entre ambos é de 14 pontos e tecnicamente este GP da Bélgica, no tradicionalíssimo circuito de Spa, é favorável às características da Mercedes. Nas suas curvas longas e velozes o carro da estrela solitária pode fazer a diferença, desde o treino oficial. E se lembrarmos que o GP sucessivo será o da Italia, na pista de Monza que também tem características favoráveis à Mercedes, forçosamente concluiremos que o campeonato ainda vai nos reservar muita luta e muitas emoções.
A situação nas duas equipes, por outro lado, é bem diferente. Na Ferrari Vettel é o líder e Raikkonen seu companheiro, pronto a sacrificar uma vitória (como aconteceu no GP da Hungria) para defender o posição do companheiro que tinha um problema na direção de sua Ferrari. E o premio disso, por sinal, logo aconteceu, com a renovação de seu contrato por mais uma temporada.
Já na Mercedes, embora o finlandês Bottas diga estar pronto a ajudar Hamilton, a matemática mostra que também ele poderia lutar pelo título. Sobretudo se, como aconteceu na Hungria, chegar de novo à frente do companheiro. Esta situação pode desestabilizar o time e criar um conflito interno nada positivo, sobretudo se a Mercedes quiser fazer valer a tática de não privilegiar um piloto em detrimento de outro.
Este GP, por outro lado, marca a volta às pistas de Felipe Massa, que por problemas médicos não pôde disputar o GP da Hungria, e que tem no circuito de Spa um de seus preferidos. Se a Williams estiver à altura do piloto, pode-se pensar numa boa classificação do brasileiro. E lembrando que neste circuito o tempo é extremamente variável (não raro chove num ponto e em outros não) e o fato da Pirelli levar também o composto ultra-macio, além dos super-macios e macios, a tática de corrida poderá ser decisiva.