Cresci ouvindo a frase “a luta é sempre a última opção” e seguirei proclamando-a até o fim da minha vida. Sobre o caso da briga entre Felipe Melo e os uruguaios, meu dever não é julgar se a atitude do palmeirense foi certa ou errada, mas discutir o aspecto das consequências que uma atitude tomada por impulso pode trazer ao atleta e ao clube.
O código disciplinar da Conmebol diz que “quando, em casos de agressão coletiva não seja possível identificar o autor, o órgão sancionará o clube a que pertençam os agressores”.
Aos jogadores, as suspensões mínimas de três a cinco jogos, mas podem chegar a 24 partidas — aí vai depender do rigor da Conmebol. Além disso, a confusão não aconteceu apenas no campo. As brigas entre torcedores dos dois times nas arquibancadas do estádio Campeón del Siglo podem culminar na perda de mandos de campo ou em jogos com portões fechados, visto que torcidas sempre será uma extensão do clube.
A multa pode chegar R$ 400 mil para ambos os lados. Contudo o caso do Peñarol é mais grave, que pode ser suspenso da competição.
Fato é que um soco registrado pelas câmeras pode trazer grandes consequências que vão além do âmbito do atleta. Se o ato de Felipe Melo foi correto, caberá apenas à Conmebol julgá-lo. No últimos meses, a entidade adotou uma postura de estar mais “limpa”, mas seu caráter histórico nunca foi de punir severa ou devidamente algum caso.