Até aqui, Cristóvão Borges vai fazendo um bom trabalho. Com o elenco bastante limitado, conseguiu manter o Corinthians no G-4 do Brasileiro, brigando pela liderança do campeonato e, quem sabe, até pelo título — sem tirar qualquer mérito do treinador, muito disso deve-se também ao baixo nível das equipes do torneio.
Agora, Cristóvão perdeu uma peça importante de seu elenco: Bruno Henrique, que não renovou seu empréstimo e agora tem rumo ao futebol italiano. Além disso, perdeu também perdeu André e Luciano, que não estavam em alta como o volante, mas sabiam atuar como referência no ataque.
A diretoria, então, trouxe dois reforços pouco conhecidos: Jean, volante que defendia o Paraná, e Gustavo, atacante que jogava no Criciúma. Ambos contratados sob a perspectiva de “grandes promessas, que agregam parte técnica e financeira”.
Em um ano, já é o segundo desmanche que o Corinthians sofre. Quando o clube perdeu atletas para o mercado chinês, a cúpula também evitou realizar grandes contratações. Tite precisou tirar leite de pedra e conseguiu atribuir um caráter competitivo ao time — claro que em um nível bem abaixo.
Com elenco enxuto, agora é a hora de Cristóvão fazer mágica no clube. Já vinha fazendo até aqui, mas acredito que diante da Ponte Preta hoje, às 16h, no Moisés Lucarelli, o treinador já comece a deixar de tirar coelhos da cartola para truques grandes, como fazer a taça do Brasileiro aparecer em suas mãos.