E o resultado foi o mais esperado: o Atlético Nacional sagrou-se campeão da Copa Libertadores, pela segunda vez em sua história, ao derrotar o Independente Del Valle, a maior surpresa da competição, por 1 a 0, em Medellín. Borja, carrasco do São Paulo nas semifinais, foi o autor do gol do título.
Não foi aquela final emocionante. Os anfitriões dominaram a partida de ponta a ponta. Fiel ao seu estilo caraterístico, o time colombiano envolveu os equatorianos com seu toque de bola, chegando com muita facilidade até a área adversária, mas exageraram no número de chances desperdiçadas e ficaram sob ameaça do empate até o fim. Em minha concepção, ainda contaram com um erro do árbitro que não deu um penal a favor da equipe equatoriana, no início da etapa complementar.
A vitória, enfim, encerra um jejum de 27 anos, e ela veio com uma gigantesca autoridade. O Atlético Nacional era, desde a fase de grupos, a melhor equipe da competição. Donos de um estilo de jogo muito paciente, com boa posse de bola e trocas rápidas de passes refinadas, que davam velocidade ao time, os comandados de Reinaldo Rueda impressionaram, revelando vários jovens talentos cobiçados por grandes clubes europeus.
Um deles é Marlos Moreno, de apenas 19 anos, que agora deve ter a venda ao Manchester City confirmada.
Agora, o Atlético Nacional vai disputar o Mundial de Clubes, com times como o Real Madrid. Contudo, a grande dúvida é se vai conseguir segurar suas joias até o fim do ano.