Com mais de 3 décadas de atraso, o Brasil resolveu abolir a obrigatoriedade de ter, no carro, um extintor de incêndio. Trata-se de uma medida lógica, pois o artefato de nada adianta no caso do carro pegar fogo.
Dita assim, minha afirmação pode parecer equivocada. Mas um teste que fizemos, ainda no tempo em que eu era o responsável pela parte técnica da revista “Quatro Rodas”, mostrou claramente que ter um extintor no carro de nada adianta.
Na oportunidade, solicitamos a colaboração do Corpo de Bombeiros, armamos uma pequena fogueira no chão e pedimos a um grupo de cerca 10 pessoas, escolhidas aleatoriamente, para apaga-lo. Para isso, teriam que obrigatoriamente usar um extintor igual ao existente no carro.
Pois bem, ninguém conseguiu apagar o fogo, embora a situação fosse absolutamente tranquila, bem diferente do que seria na realidade um incêndio acontecendo no carro da gente !
Isto mostrou que, sem um treinamento específico, de nada adianta ter um extintor no carro. Pois raros são os que sabem maneja-lo. Assim, a medida tornada então obrigatória serviu apenas e tão somente para aumentar as vendas desses artefatos, deixando uma “graninha” à mais para seus fabricantes. Esse absurdo deixou agora de ter respaldo legal. Felizmente…