Sabemos que o grande segredo para dominar um jogo está no meio de campo. Quando uma equipe tem o controle do meio para frente, ela determina o ritmo da partida e, ao mesmo tempo, envolve o oponente em seu estilo de jogo; mas isso só acontece quando se joga com inteligência. O Corinthians, por exemplo, conforme tem superioridade numérica e maior posse de bola na intermediária adversária, é um time muito perigoso; no entanto, para isso é preciso contar com a boa fase de seus armadores (Elias, Renato Augusto e Jádson), pois, caso contrário, não aparentará tamanha periculosidade.
Diante do Coritiba, o alvinegro não fez uma boa atuação. Claramente se deve ao pouco brilhantismo de seus homens de frente e da postura adotada pelo adversário, que marcava forte no campo de defesa do paulista. Todavia, a razão determinante para esse desluzimento é o fato de o Timão se portar da forma equivocada quando o oponente cresce no jogo. À medida que o time de Tite tem o placar a seu favor, ele recua e aposta na eficiência de sua defesa — por sinal, a zaga é muito boa, mas era evidente que em algum momento poderia falhar.
Em termos de qualidade técnica, o Corinthians leva vantagem em relação aos curitibanos. Portanto, quando a equipe é boa tecnicamente e inteligente taticamente, não há razão para se acuar na defesa. Além do mais, o placar de 1-0 não define nada até o apito final. Então a saída mais clara, simples e objetiva é o domínio do meio de campo, pois tendo esse território conquistado, sofre menos riscos do que deixar o oponente avançar e ficar se segurando através de chutões e “rifadas” de bola para frente.
Em outras palavras que atendem ao óbvio, é possível vencer por 1-0 com a velha tranquilidade e segurança fazendo apenas o básico.