Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
De um lado havia o time da casa, que nos últimos jogos não conseguia conquistar resultados positivos, mas fazia boas apresentações. Do outro, o visitante, que a cada partida prova ser totalmente dependente de seus dois meias de armação.
O Santos não contava com boa parte de seus titulares e mesmo assim foi a campo com uma equipe muito ofensiva. Abriu o placar com Ricardo Oliveira logo na etapa inicial e seguiu com boa posse bola no campo de defesa do adversário. Já o Corinthians, aparentava poucas expressões de reação, mas tudo em função de um motivo lógico: jogou com um homem de referência. Vágner Love esteve isolado atuando de costas para a meta do oponente. Com Jádson meio apagado e Renato Augusto oscilando, a bola não chegava aos pés do centroavante.
Na etapa complementar, o Santos seguiu jogando da mesma forma, mas sofria com a linha de impedimento formada pela defesa da capital. Quando o Peixe ficou com um a menos, o Timão melhorou bastante; passou a ter maior frequência na intermediária ofensiva e pressionou. Pressionou porque Tite acertou em apostar em Luciano, Edilson e Danilo — mas o treinador hesitou em tirar Mendoza, pois a equipe teria mais velocidade. O Corinthians perdeu Fágner e seguiu pressionando. Não empatou porque Edilson e Renato Augusto carimbaram o poste.
Em suma, hoje vimos a prova real do que foi apresentado nas partidas anteriores do Corinthians: se Renato Augusto e Jádson estão bem no jogo, o Corinthians também está; se estiverem apagados, consequentemente o alvinegro também fica.
Finalmente o Santos conquistou um bom resultado e saiu da zona de rebaixamento. Com a derrota, o Corinthians não só deixa o G-4 da competição como também mostra que é muito complicado jogar com atletas que já estão apalavrados com outros clubes ou que permanecem até o fim da temporada.