A dúvida é sempre a mesma: ganha Hamilton ou ganha Rosberg? Os treinos para o GP de Mônaco, em programa neste domingo, deixaram no ar a costumeira pergunta, já que, tecnicamente, as Mercedes estão um degrau acima de todos os rivais, Ferrari incluída.
Para mim, ganha Hamilton, que finalmente conseguiu uma pole em Mônaco (era um dos poucos resultados que faltavam à sua carreira), pois é imediato lembrar que, nos últimos 10 GPs aí disputados, 9 vezes quem largou na pole venceu a corrida. A única exceção foi quando Massa fez a pole, e a vitória sorriu a Hamilton.
Rosberg, que vinha entusiasmado por sua vitória no GP da Espanha, errou por duas vezes, no mesmo lugar, e não teve como lutar pela pole. Seu semblante – e suas declarações após o treino oficial – mostraram um piloto decepcionado consigo mesmo e que dificilmente, se não ocorrer um erro de Hamilton, poderá reverter no GP esta situação.
Atrás dois dois pilotos da Mercedes, o costumeiro Vettel, cujo maior objetivo, em condições normais, será levar uma vez mais ao pódio sua Ferrari. Ao passo que seu companheiro Raikkonen mostrou, uma vez mais, problemas no treino oficial e largará num modesto 6º lugar, atrás das duas redivivas Red Bull de Ricciardo e Kvyat. Que, muito provavelmente, constituirão um enorme obstáculo para uma sua melhor colocação final.
Quanto aos brasileiros, Massa mostrou que a Williams não se adaptou ao circuito e largará em 14º, com o objetivo de tentar marcar pontos. Aliás a não classificação de seu companheiro Bottas para o Q2 mostra bem isso. E Nasr terá, como primeiro objetivo, receber a bandeirada final.
Tudo isso, naturalmente, numa análise lógica. Mas o que cria expectativa para este GP é que nas ruas do Principado muitas vezes o que parece impossível acaba acontecendo. Desde um líder destacado (no caso Senna) bater no guard-rail e jogar fora uma vitória que parecia assegurada, até um piloto (Patrese, neste caso) parar na última volta por falta de gasolina e assim mesmo ganhar o GP, pois os demais estavam mais atrás.