É praxe, e não só no futebol brasileiro, que uma série de resultados negativos, sobretudo quando as expectativas são outras, culmine com a troca de técnico. Às vezes, aquele mesmo que não servia para outro clube, e que é acolhido como o salvador da pátria no novo. Enquanto o que foi demitido, vai esperar sua vez para entrar novamente nesta infindável ciranda.
Foi o que aconteceu, após 20 meses de um trabalho que julgo bom, com Gilson Kleina no Palmeiras, numa decisão normal mas nem por isso menos irracional, já que o técnico, seja ele quem for, faz o que o nível técnico do elenco lhe permite. Pode ter havido algum problema interno que desconheço mas, de uma forma geral, a troca de técnico, não se podendo mudar o elenco e muito menos os dirigentes, é a solução tradicional. Tanto que casos como o de Ferguson, que ficou os primeiros cinco anos na direção do Manchester United sem ganhar nada, são a exceção que confirma a regra.
Cabe ver agora como o elenco do Palmeiras vai reagir |à mudança de técnico, já que inicialmente costuma ocorrer uma reação positiva, com todos querendo mostrar trabalho ao novo comandante. É o que costuma-se denominar “doping psicológico”, que apresenta às vezes resultados inesperados mas que tem sempre curtíssima duração.
E aí, depois disso, é que poderemos começar a avaliar o trabalho do novo técnico, ao qual deveria ser dado um prazo mínimo, uns 3 meses ou por aí, antes de começar a ser cobrado. Mas na atual situação do Palmeiras, duvido que dirigentes e torcida tenham essa paciência…