A convocação da seleção brasileira deixou, na Itália, dois jogadores contentes (um deles até mesmo eufórico), e outros dois resignados mas um pouco decepcionados.
Os contentes são Maicon e Henrique. Maicon, que ao chegar à Roma no início da temporada prometera a si mesmo que seria outra pessoa, longe do vício e voltado totalmente para o reinício de sua carreira, conseguiu, com muita força de vontade, dar a volta por cima. E se constituiu num valor certo para a defesa da Roma que obteve o vice-campeonato, além de estabelecer um recorde de vitórias seguidas na fase inicial do campeonato.
Para Henrique, que chegou ao Napoli cercado de certa desconfiança, e pouco a pouco ganhou seu espaço, tanto nas duas laterais como atuando no miolo da zaga, a convocação de Scolari foi a realização de um sonho. E daí sua mais que justificada euforia com o fato.
Do outro lado, Kaká e Robinho tinham certa esperança de serem lembrados e sobretudo o primeiro se esforçou ao máximo, nesta sua volta ao Milan, para ser o líder de que o time necessitava. Infelizmente para ele, não teve o apoio de vários de seus companheiros, em má fase, e todo seu empenho não resultou numa campanha à altura das pretensões dos dirigentes do clube. Daí ele dizer, logo após conhecer a lista dos convocados, que não tinha maiores esperanças de ser lembrado por Scolari.
Robinho, que contava com seu entrosamento com Neymar como o item que pudesse convencer Scolari a convoca-lo, também ficou decepcionado, mas preferiu não falar muito. E certamente fez muito bem…