O atual Campeonato Mundial de Fórmula 1 bem que poderia mudar de nome e ser chamado de Fórmula Mercedes, tal a superioridade que os carros prateados tem em relação a todos os demais. Para quem tivesse ainda alguma dúvida, o treino de sábado, válido para a formação do grid de largada, foi extremamente eloquente. Quando Ricciardo, com a Red Bull, se colocou a 1 décimo de Rosberg e a 3 de Hamilton, os dois pilotos da Mercedes resolveram que a brincadeira tinha perdido a graça, foram novamente à pista e colocaram mais de um segundo sobre o australiano. De forma a deixar bem claro que, uma vez mais, a luta pela vitória, no domingo, era um assunto particular, a ser decidido entre os pilotos da Mercedes, sem que ninguém pudesse sequer sonhar em intrometer-se.
No domingo, desde a largada o panorama não se alterou, com Hamilton liderando e Rosberg em seu encalço, ambos aumentando constantemente a própria vantagem sobre os demais, a ponto de o terceiro colocado, que foi Ricciardo, receber a bandeirada final a mais de 48 segundos de distância. E o segundo carro da Ferrari, que pilotado por Raikkonen obteve o sétimo lugar, chegar com uma volta de atras !
Assim o GP viveu, sobretudo nas voltas finais, pelo duelo à distância entre Hamilton (que estava com os pneus duros) e Rosberg (com os médios), sem porém que o alemão chegasse a poder tentar a ultrapassagem. E viveu também pela excepcional recuperação de Vettel que, largando em 15° lugar, foi paulatinamente ultrapassando seus adversários até superar o bom Bottas que com sua Williams defendia um ótimo 4° lugar mas não teve condições de resistir ao tetra-campeão.
Quanto a Massa, que perdeu no sábado a chance de largar numa boa colocação, tendo que contentar-se com um modesto 9° lugar enquanto seu companheiro de equipe Bottas largava em 4°, foi um fim-de-semana para ser esquecido. Recebeu a bandeirada num obscuro 13° lugar, tem um terço dos pontos de seu companheiro no Mundial, e precisa reagir urgentemente para não perder a condição de primeiro piloto da Williams já no próximo GP, o de Monaco.