A Libertadores apresenta logo mais à noite, em Belo Horizonte, o jogo mais importante desta edição para o futebol brasileiro. Um futebol que se tinha apresentado à largada da competição com nada menos que 6 times, entre os mais prestigiosos do nosso futebol, e com fundadas esperanças de vê-los ir à frente sem muitos problemas.
Em campo, contudo, essas previsões se revelaram infundadas, tanto que já na etapa inicial metade dos representantes brasileiros foram eliminados, alguns de forma até vexatória, com derrotas em casa contra adversário que não pareciam, ao menos no papel, capazes disso. Mas o vexame não parou aí: em oitavas de final, dois dos três brasileiros sobreviventes foram sumariamente eliminados, entre eles nada menos que o detentor do título, o Atlético Mineiro, incapaz de utilizar o fator campo (o famoso Horto) para classificar-se.
Assim sobrou apenas um time nacional, o atual campeão brasileiro, aquele Cruzeiro que venceu merecidamente o campeonato passado e agora é chamado a honrar esse título frente a outro campeão, o San Lorenzo, campeão argentino. Como se sabe, no jogo de ida, em Buenos Aires,o San Lorenzo venceu por 1-0, o que significa que hoje à noite o Cruzeiro é obrigado a vencer por dois gols de diferença. Uma vitória por 1-0 levaria o encontro à decisão por penais, onde tudo pode acontecer, e uma vitória por apenas um gol de diferença, mas com os argentinos marcando (2-1, 3-2, e assim por diante), daria a classificação ao San Lorenzo.
Fácil ironizar, nesta altura, que o time argentino tem os favores do Papa Francesco, declaradamente seu ferrenho torcedor, e assim vai gozar de um apoio extra-campo. O que fica é que o Cruzeiro tem as mesmas chances futebolísticas de seu oponente e que, se acertar uma boa apresentação, pode perfeitamente eliminar o rival e seguir adiante na Libertadores. Caso isso não ocorra, o futebol brasileiro terá protagonizado um rotundo e dificilmente explicável fracasso…