O Ituano acabou ganhando o título paulista, embora não o fizesse com o escore de 0-0 com o qual eu achava que se concluiria o jogo final, e tivesse que ir para a loteria dos penais para levar para casa o troféu. Uma conquista merecida, aliás, pois nos dois jogos o Ituano foi melhor, sofreu com a marcação de dois penais (um em cada jogo) irregulares e nem por isso se desesperou.
Por outro lado, se formos examinar a campanha do Ituano, veremos que todos os grandes sofreram com ele: primeiro foi o Corinthians, a ficar atrás no grupo, depois coube ao São Paulo ser eliminado, seguido pelo Palmeiras e agora pelo Santos. Em que pese a ausência de grandes nomes, este time, muito bem armado pelo Doriva, conseguiu aquilo que, quando teve início o campeonato, parecia impossível. Pois o regulamento sinalizava claramente para a classificação dos quatro grandes para as semifinais e, com isso, proporcionar grandes audiências às televisões. Que tiveram que se contentar com jogos de equipes de menor poder de atração popular e, consequentemente, provocando menores índices de audiência, fator determinante para a fixação das receitas publicitárias.
Deixando este aspecto financeiro de lado, cabe repensar o rótulo de “grandes”, dado a clubes que certamente o são mas que neste momento não possuem times à altura de sua fama. E, assim sendo, dar um pouco mais de crédito – se não quisermos falar em respeito – aos clubes do interior.