O jogo entre Brasil e Itália, além do resultado em si, deve ter sido muito útil para os dois técnicos pois trouxe valiosas indicações. Para Scolari mostrou que a defesa deve ser mais protegida, pois o ataque, de um jeito ou de outro, sabe fazer gols. E sobretudo o segundo gol, numa clássica jogada de contragolpe, indicou o caminho que deve ser seguido quando as circunstâncias táticas assim indicarem. Em outras palavras, quando o Brasil estiver em vantagem no placar e o adversário se desequilibrar ofensivamente, a roubada de bola pode propiciar, como efetivamente aconteceu, interessantes ocasiões de gol.
Individualmente Julio Cesar fez jús à confiança que Scolari deposita nele e Neymar mostrou, sobretudo para os torcedores europeus que ainda não tinham uma clara noção de suas qualidades, ser um excelente jogador. O que equivale dizer que, nos próximos jogos, será marcado com mais cuidado, seja quem for o adversário. E isto, muito provavelmente, o veremos já na semana vindoura frente à Russia.
Quanto à Itália o jogo serviu para derrubar o mito de que Pirlo é indispensável á equipe azzurra. Viu-se claramente que, no segundo tempo, quando Prandelli passou para o 4-3-3, a defesa ficou um pouco mais descoberta ( o que era esperado) mas o meio de campo e o ataque ganharam uma dinâmica que antes não tinham. Tanto que isso permitiu à Itália chegar ao empate e globalmente criar um maior número de jogadas de gol.
Um empate útil para ambos!
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