Surpreendeu a todos o anuncio do Papa de que, a 28 de fevereiro, renunciará a seu posto, para retirar-se num mosteiro, onde permanecerá até o fim de seus dias. A explicação pelo gesto é de que faltam-lhe forças para seguir dirigindo a Igreja num momento em que se exije, além de sabedoria e experiência, também o vigor físico para estar presente em muitos lugares do mundo, onde é necessário levar, através dele, a palavra de Deus.
Passado o primeiro momento de surpresa, comecei a pensar como seria bonito se tantos cartolas, aqui e pelo mundo afora, e pessoas como Nicolas Leoz, apenas para citar o primeiro que me veio à mente, deixassem seu lugar para outros, mais jovens e com uma visão mais adequada às necessidades deste esporte que já se transformou numa indústria de âmbito mundial. Assim, como um sopro de ar renovado num quarto desde muito fechado, o futebol poderia experimentar novas idéias, abrir-se à tecnologia que, em muitos casos, impede conluios e acertos escusos, e progredir como a paixão de seus adeptos reclama, e merece.
Mas estou, por outro lado, convencido, que este não passa de um sonho de verão. Um sonho em que o esporte se veja livre de corrptos e corruptores, de aventureiros que querem ganhar dinheiro fácil e de ricos que querem ocupar indevidamente as manchetes. Como, infelizmente, e em todos os níveis, desde obscuros certames de paises desconhecidos, até a Copa do Mundo, tem acontecido até hoje…